CONPAS
Conselho de Pastores de São Caetano do Sul

(MATEUS 26.26-30; I CORÍNTIOS 11.26)

“Porque todas as vezes que comerdes deste pão e beberdes do cálice estareis anunciando a morte do Senhor, até que ele venha” I Co. 11.26

Uma das celebrações mais significativas da igreja de Cristo é a Ceia do Senhor, que tem sido realizada através dos séculos em pequenas e grandes congregações. A ceia tem sido celebrada com alegria e fé pelo povo de Deus. A ceia dramatiza de forma perfeita o amor de Deus e a comunhão dos santos, resultantes da redenção realizada no calvário por Jesus Cristo (Mateus 26.26-30). Temos, portanto uma ordenança de Jesus Cristo para a sua Igreja! “Ordenança é um ato simbólico ordenado por Jesus, o Cristo, para observação contínua, até que venha (I Coríntios 11. 26), como testemunha das verdades centrais do evangelho e, cuja celebração representa um fator constitutivo da igreja” (John Landers), portanto o significado da palavra ‘ordenança’, literalmente significa um símbolo, isto é, ela concretiza uma idéia abstrata”. E, portanto, se propõe traduzir a realidade que simboliza! Assim, a ceia representa por meio de seus elementos – o pão e o vinho -, respectivamente, o corpo e o sangue de Jesus Cristo, o Senhor (Mateus 26.26-30).

É necessário destacar que, historicamente, o sentido e a forma de celebrar a ceia tem sido diverso entre os cristãos. Há os que defendem a ceia ultra-restrita, outros restrita e, ainda aberta ou livre. John Landers, diz: “Durante a idade média o sacramentalismo levou ao dogma católico romano da transubstanciação, segundo o qual os elementos da ceia, durante a missa, se transformam, literalmente, no corpo e no sangue de Jesus Cristo. Porém, os reformadores no Século XVI rejeitaram a doutrina da transubstanciação mas discordavam entre si e, no geral defendiam a idéia da consubstanciação, conforme Calvino”, entretanto, Zwinglio, o reformador de Zurique, rejeitou o literalismo de Martinho Lutero e Calvino e, afirmou que as palavras “isto é o meu corpo” indicavam: “isto simboliza o meu corpo”, ou seja, a “presença real de Cristo”, mediante o Espírito Santo na vida da igreja. Neste sentido trata-se de um ato memorial e simbólico, vinculado a Igreja local. É evidente que, quanto ao passado, a ceia relembra a ‘última ceia de Jesus’ com seus discípulos e o sacrifício de seu corpo e sangue na cruz do calvário para redenção da humanidade. E, em relação ao futuro, “anunciamos a morte do Senhor até que ele venha” (I Coríntios 11.26).

Em termos teológicos a ceia relembra e desafia a igreja. Na realidade, a igreja é, ao mesmo tempo, responsável por guardar os princípios de sua forma e sentido, e, também de anunciar ao mundo os efeitos do ato redentor do calvário realizado por Jesus. Ao celebrar a ceia do Senhor a igreja anuncia, dentre outras coisas: o pleno cumprimento do plano de Deus para salvar a humanidade; a redenção dos que creem e se tornam participes da vida de Jesus Cristo; a comunhão com Deus e com os irmãos em Cristo; a bendita esperança de que breve o Senhor Jesus virá. Portanto, a ceia sintetiza a mensagem do evangelho da redenção eterna através de Jesus, o Salvador e Senhor. Que benção é pertencer a Cristo e, vivenciar de forma antecipada, as bênçãos da vida eterna reservada a todos os salvos. Sim, reservadas para todos os que estarão diante do cordeiro de Deus no banquete celestial, pois assim diz o Senhor: “e, quando comiam, Jesus tomou o pão, e dando graças, o partiu, e o deu aos discípulos, e disse: tomai, comei, isto é o meu corpo. E, tomando o cálice, e dando graças, deu-lho dizendo: bebei dele todos; porque isto é o meu sangue, o sangue do novo testamento, que é
derramado por muitos, para remissão dos pecados. E digo-vos que, desde agora, não beberei deste fruto da vide até àquele dia em que o beba de novo convosco no reino de meu pai” (Mateus 26.26-29). Amém.
Pr. Onésimo Ribeiro de Sousa
Pastor presidente da Igreja Batista Barcelona
Presidente do CONPAS

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